Works teologia
“O ritual da Missa seja revisto, de modo que se manifeste mais claramente o sentido de cada uma das suas partes, bem como a sua mútua ligação, e se torne mais fácil a piedosa e animada participação dos fiéis.
Por esta razão, simplifiquem-se os ritos, conservando o que neles é essencial; retirem-se embora aqueles que, com o andar do tempo, foram duplicados ou menos utilmente acrescentados; retomem-se, porém, segundo a tradição dos santos Padres, alguns que desapareceram com o tempo, na medida em que parecer oportuno ou necessário”.
Com estas simples palavras, os padres conciliares do Vaticano II lançavam o mote para a grande reforma da celebração eucarística de que a segunda metade do séc. XX foi testemunha. A consideração prévia que há a fazer acerca da estrutura da Eucaristia é a de que esta se divide em dois grandes blocos, a Liturgia da Palavra e a Liturgia Eucarística, o que não implica que sejam duas as celebrações: na verdade, ambas as partes estão intimamente unidas e constituem um único acto de culto. Juntam-se, ainda, os Ritos Iniciais (antes da Liturgia da Palavra) e os Ritos Finais (após a Liturgia Eucarística), que contribuem para conferir uniformidade à celebração. Procuraremos, agora, expor mais claramente cada um desses momentos. 1.1 Os Ritos Iniciais
Os ritos iniciais são a chave de entrada na Eucaristia. São eles que nos tiram do mundo apressado em que vivemos e nos colocam na esfera íntima da Liturgia. Estes ritos têm ainda a função de estabelecer comunhão entre os fiéis e prepara-los para receber Cristo, na Sua Palavra e no Seu Corpo e Sangue. O primeiro destes ritos é precisamente o cântico de entrada. Este canto pretende favorecer a comunhão entre a assembleia, ao mesmo tempo que acompanha a procissão de entrada do sacerdote e dos ministros. Chegado ao altar, o sacerdote beija-o e saúda a assembleia. Segue-se o Acto Penitencial, o Kyrie eleison, o Glória e a Oração Colecta. 1.2.1 Acto Penitencial