WOOD
A autora trata e procura explicar como e em qual sentido ocorreu a separação da esfera econômica da social no capitalismo e quais fatores podem ter influenciado essa diferenciação (WOOD, pp. 27 - 28). Aborda também que Marx preocupou-se em apresentar o mundo no seu aspecto político até mesmo nas suas obras econômicas mais técnicas. Observa que, para ele, a produção capitalista baseia-se nas relações sociais e na disposição do poder. E que a partir desse poder sob o operário e a sua força de trabalho, o capitalista pode manter o seu controle sobre a produção, a expropriação dos produtores diretos e a manutenção da propriedade privada (WOOD, pp. 28 - 30). Expõe também que o modo de produção não é contrário ao “fatores sociais” e que o avanço de Marx em relação à economia foi o da correlação entre esses. Além disso, traz o conceito de mais-valia e o define como uma relação social entre quem produz e quem se apropria dessa produção. Mostra que esta se dá através de uma sistematização e relação privada de produção, distribuição e trocas e que é mantida por uma configuração particular de poder (WOOD, p. 31). Além de que, Wood considera que o “marxismo político” constata a particularidade da produção material e das relações de produção e que persiste que “base” e “superestrutura” não devem ser vistos como esferas desagregadas. Assim, não se deve separar superestrutura econômica básica objetiva e formas sociais, jurídicas e políticas de outro e, sim, as unir de maneira contínua com forças variáveis de afastamento entre produção e apropriação podendo elas, dessa forma, serem vistas como ordens de realidade semelhantes e contínuas (WOOD, pp. 31 - 34). Ao analisar o capitalismo e a sua diferenciação na esfera econômica, afirma que a produção e a distribuição assumem completamente esta forma