wood frame
Os sistemas construtivos leves com madeira têm sua origem no desbravamento do oeste norte-americano e sempre estiveram relacionados com uma construção rápida e, naquela época, uma atividade coletiva, quase um mutirão. É possível lembrar de vários filmes de época retratando a atividade de construir a igreja ou o celeiro, onde em poucas horas estavam prontos.
Hoje o sistema de plataform framing está tão arraigado nas culturas norte-americana e canadense, que praticamente não se encontram residências executadas com outros sistemas construtivos, como a nossa alvenaria estrutural ou concreto armado. A melhor explicação para isso é o alto grau de industrialização desse sistema, conseqüente redução de prazos e custos e, principalmente, a divisão das etapas da obra: cada sistema ou subsistema é executado por equipes especializadas em momentos definidos da obra, com muita pré- industrialização e pouca interpolação de tempo ou retrabalho nas interfaces entre eles.
O comportamento estrutural do wood frame assemelha-se muito ao da alvenaria estrutural.
No wood frame, cada elemento recebe esforços de diferentes naturezas, sempre conjugados com outros elementos. Além disso, as estruturas em wood frame apresentam redundância e hiperestaticidade. Já as estruturas convencionais em madeira, tipo treliças entalhadas ou sistemas pilar-viga, são geralmente isostáticos, podendo ruir se um único elemento falhar.
Esse comportamento estrutural do wood frame ainda é pouco utilizado nas estruturas de madeira no Brasil, apesar de ser largamente empregado em todo o mundo há muitas décadas. Por ser pouco utilizado, a atual Norma Brasileira 7190/1997 não apresenta critérios claros de dimensionamento dessas estruturas, apesar de poder ser utilizada nas verificações dos seus elementos estruturais independentes (ensaios de desempenho do sistema construtivo foram realizados pelo IPT