Wicca
Esta prática renasceu no mundo contemporâneo graças aos esforços do inglês Gerald Brosseau Gardner, por volta dos anos 50 e 60. Seus estudos acerca do paganismo tiveram início precocemente, em viagens realizadas ao longo da Ásia e da Europa, mas apenas na década de 40 ele sistematizou uma religiosidade fundamentada nos antigos cultos pagãos.
Como apenas em 1954 se erradicou a última lei vigente contra o exercício de bruxarias na Inglaterra, foi possível trazer a público suas crenças e rituais, instituindo assim definitivamente a tradição Wicca, depois de um longo aprendizado com uma sacerdotisa, que o teria iniciado em um Coven – grupo de bruxas – britânico, de quem ouviu a palavra que lhe inspiraria a batizar o movimento por ele criado. Esta expressão vem do idioma arcaico da Inglaterra – Wicce ou Wicca -, denotando ‘feminino/masculino’, em clara alusão à prática de magia ou aos seus adeptos, também se estendendo às pessoas consideradas sábias.
Embora a Wicca se fundamente no antigo paganismo, não se pode afirmar que ele tenha sobrevivido ao longo do tempo, mas sim que ele foi retomado parcialmente nos dias de hoje, em nova versão, na qual se mesclam aspectos ancestrais, dos quais pouco se conhece, e noções modernas sobre bruxaria. Os livros de Gardner, Witchcraft Today, de 1954, e The Meaning of Witchcraft, de 1959, estimularam o interesse de um número cada vez maior de pessoas interessadas no resgate desta cultura.
A Wicca se encontra hoje dispersa em várias tradições, com diferentes rituais e modos de pensar, apesar de todas seguirem um modelo fixo no que diz respeito à teologia e à liturgia, mesmo que