Weber e a Religião - Aborto
Ele analisa o fato de os calvinistas, e seus adeptos saídos da Reforma Protestante, terem o controle dos próprios progressos morais, como sendo um dos principais fatores para a instauração do racionalismo econômico. O ativismo racionalista dos puritanos também foi um forte fator que precedeu a fixação da sociedade capitalista.
Já falando do processo de racionalização, Weber diz que essa racionalização está baseada sobre aspectos não-racionais, ou seja, as instituições religiosas. Essa concepção levou a um “desencantamento” da religião, no sentido de que o homem, agora, se vê responsável por manipular a natureza, bem como de seus próprios atos.
Porém esta racionalização leva a conseqüências negativas, não apenas para o ângulo social da religião, como também para o desenvolvimento da própria sociedade moderna. O cientificismo ateu criou, junto com outros elementos da cultura moderna, com o capitalismo e o utilitarismo, um mundo objetivado, no qual as relações interpessoais são impossíveis.
A partir daí o próprio Weber afirma que o intelecto criaria uma aristocracia de posse da cultura racional que seria profundamente antifraterna. Desse modo, o autor leva até as últimas conseqüências o processo do racionalismo ocidental, que analisa também o desencantamento da própria imagem cientificista do mundo que, na época positivista, substituiu a religião.
Segundo Weber, a imagem do mundo que a ciência oferece é aquela de uma infinidade sem sentido, que