Web artes
Por Salomão Terra (mar/2007) Em virtude do rápido avanço das novas tecnologias de comunicação, acompanhamos uma discussão crescente que relaciona arte à sua produção/divulgação em ambientes digitais. Entretanto, uma reflexão mais apurada sobre o assunto encontra barreiras inevitáveis. Desde o conceito primordial de arte ao embate sobre a validade de sua produção para meios digitais, temos questões que balizam os estudos sobre a Webart. O presente artigo, que tem como foco central este tema, abordará, num primeiro momento, a relação da arte exposta em ambientes digitais, para, posteriormente, discutir a sua produção sobre suportes digitais. Arte em ambientes digitais A estudiosa francesa Anne Cauquelin (1992), em seu livro Arte Contemporânea – Uma introdução, apresenta ao leitor, após uma longa reflexão, uma possível forma de arte que fugiria ao paradigma estabelecido por embreantes (Marcel Duchamp, Andy Warhol e Leo Castelli), da arte contemporânea. Cauquelin chama esta nova possibilidade de Arte Tecnológica. Para melhor explicar a relação entre arte e tecnologia, a autora divide a relação em duas possibilidades. A primeira, seria as novas tecnologias como suporte de divulgação. A segunda, seria a utilização de ambientes digitais para a própria construção do objeto artístico. O texto de Anne Cauquelin joga uma luz preliminar sobre o tema. Construída no início da década de 90, a obra encontraria apoio maior, no final da década, quando relacionada a outras, escritas por autores como Pierry Lèvy, Nicholas Negroponte e Manuel Castells. De lá para cá, tanto os estudos, quanto o próprio suporte – e suas ferramentas – , evoluíram a um nível singular. Tal evolução possibilita falarmos hoje em termos como Arte Telemática, Pixel art, Digital art, Net art e Wiki art. Mas para chegarmos ao debate sobre estas possibilidades, partiremos de uma forma ainda “primitiva” de interação entre arte e ambientes digitais: a exposição