wallon
Nesse texto, o autor dá inicio colocando que para o estudo do desenvolvimento humano é impossível dissociar o biológico e social do mesmo, colocando que o meio social é condição do desenvolvimento das capacidades biológicas, bem como estas, condição para uma vida em sociedade. O desenvolvimento humano é movido pela contradição existente entre o sujeito e o seu meio (indivíduo -> sociedade). Compreender como ocorre essa relação é essencial para se compreender a obra de Wallon. No que se refere a função motora e movimento, o teórico francês acredita que; assim como no surgimento da fala que buscamos as origens do pensamento discursivo, é no movimento que se encontram os prelúdios da inteligência. Denominando movimento como “tudo o que pode dar testemunho a vida psíquica e traduzi-la completamente, pelo menos até o momento em que aparece a fala”. Ele também classifica o movimento em três tipos. Sendo o primeiro, chamado de deslocamento passivo ou exógeno, que tem por origem os reflexos labirínticos cervicais, e são determinados por mudanças de posição da cabeça em relação ao tronco e manifestam-se desde o período pré-natal e desaparecem ao nascer. Elas guiam a criança da posição deitada até a posição bípede. O segundo, denominado ativo ou autógeno, refere-se às respostas de preensão aos objetos e locomoção do corpo no próprio espaço. E por fim os deslocamentos dos segmentos corporais estes se diferenciam do primeiro grupo por ter um caráter mais psicológico, de relação afetiva que se exterioriza pelas atitudes. Quanto à função motora, cujo órgão é a musculatura estriada, é diferenciada em dois aspectos, a atividade clônica e a atividade tônica, consistindo a primeira no alongamento ou encurtamento das miofibrilas musculares e a segunda na manutenção do nível de tensão muscular. O tônus constitui a base das atitudes mimicas e posturas, sendo como o pano de fundo das emoções. As