Vírus
Como são desprovidos de estrutura celular, os vírus não podem ser enquadrados em nenhum dos cinco reios: de fato, para alguns autores, eles não podem ser considerados seres vivos.
Os vírus são formados por uma cápsula de proteína, o capsídeo, composto de várias subunidades, os capsômeros.
O capsídeo contém sempre em seu interior apenas um dos dois tipos de ácido nucleico – o DNA (ácido desoxirribonucleico) ou RNA (ácido ribonucleico), nunca os dois juntos, como ocorre nos outros seres vivos. Nos tipos mais complexos de vírus encontram-se também glicídios e lipídios.
Os vírus são dez ou cem vezes menores do que as bactérias (com tamanho entre 0,03 e 0,3 um) e muitos causam ao homem várias doenças, as viroses.
Um dos vírus mais estudados é o bacteriófago, que ataca um tipo de bactéria chamada Escherichia coli. O bacteriófago encosta-se na superfície da bactéria, dissolvendo sua parede com enzimas especiais. Em seguida, com uma contração da causa, injeta seu conteúdo de DNA no interior da bactéria, deixando a cápsula do lado de fora (em alguns vírus, como causador da gripe, a cápsula também penetra nas células, mas é destruída em seu interior, liberando o ácido nucléico).
Outra enzima do bacteriófago destrói o material genético da bactéria. Em seguida, o DNA do vírus comanda a síntese de RNA, e este comanda a síntese de proteínas que compõe sua cápsula, usando os aminoácidos da bactéria. Os DNA resultantes da multiplicação são envolvidos pelas proteínas, formando novos vírus. Esses vírus libertam-se com a destruição do micróbio invadido. Cada novo vírus poderá invadir uma nova bactéria. É importante observar que, para sua reprodução, o vírus utiliza todo o equipamento metabólico da bactéria.
Os novos vírus são semelhantes ao original e, assim, ficam bem definidas suas propriedades de reprodução e hereditariedade. Como também são capazes de sofrer mutações no ácido nucléico, os vírus podem evoluir.
Quando estão no interior de células vivas, os vírus