Válvula de Escape
Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ
Escola de Comunicação
Comunicação e Psicologia
Profº Paulo Vaz
Pedro Henrique F. Favero dos Santos
A partir do século XX a venda de drogas que já eram consumidas desde o início da história humana, em alguns casos de maneiras diferentes, sofreu uma ampla repressão mundial. Ainda assim o mercado de tais substâncias, tanto das que foram proibidas quanto das que eram legalizadas, cresceu exponencialmente, com destaque para a segunda metade do século passado. Alguns países intensificaram a política de repressão, como os EUA que declarou guerra à fabricação e ao tráfico de drogas em 1962, enquanto outros adotaram posturas mais liberais, como a Holanda e recentemente o Uruguai. Com uma minoria de países revendo a questão político jurídica quanto ao consumo de diversas substâncias perdurou a imagem negativa a respeito desse ato e a respeito do consumidor. Assim se analisará a influência que esse julgamento negativador sofre a partir da imagem contemporânea do corpo, que deve ser conservado belo e jovem, e a subversão deste valor por parte de uma camada social que procura se marginalizar da sociedade e de seus ideais.
Com a evolução do capitalismo o corpo deixou de ser um instrumento que vende sua força de trabalho, passou a ser um objeto de consumo e que consome além do necessário para completar o funcionamento das engrenagens do sistema capitalista de super produção. Assim se inseriu o conceito de “geração saúde”, a qual busca viver baseada em hábitos que auxiliem o embelezamento, a valorização do corpo e a longevidade. A indústria farmacêutica e o nicho de academias de ginástica e venda de produtos que contribuem para uma alimentação completa e saudável cresceu, e continua a crescer, de maneira significativa, criando um ramo altamente lucrativo, concluindo então o processo de implantação da prática capitalista de moldar uma