Vygotsky
A sua crença na plasticidade do ser humano e da inteligência abre nossos horizontes com relação às possibilidades de desenvolvimento do indivíduo, qualquer que seja sua limitação.
Os seus conceitos de mediação pedagógica e semiótica, de ZDP - entre outros - valorizam e dignificam o papel de quem intervém e nos mostram a importância da linguagem no desenvolvimento do indivíduo, das inter-relações, da dialogia, do que e como se fala na prática de intervenção.
Seus trabalhos mostram-nos, também, que a educação do aluno com necessidades educativas especiais almeja os mesmos objetivos da educação do aluno dito 'não-especial'. Os meios, as formas de se atingir esses objetivos é que seriam diferentes. Produzir esses meios implica pensar uma educação enriquecida, criativa, que possa se utilizar de instrumentos diversos, inclusive os produzidos pela modernidade, para que esse sujeito desfrute de uma educação de alta qualidade.
Enfim, toda a obra de Vygotsky aponta para uma radical mudança frente aos alunos com necessidades educativas especiais. Nesse sentido, a "deficiência" ou "limites", caso existam, não podem mais ser usados como "álibi", como justificativa da estagnação, da educação empobrecida, da discriminação ou exclusão.