Vygotsky
Vygotsky é o representante principal da tendência que privilegia os pressupostos sócio-históricos ou sócio-interacionistas, a qual aponta para uma posição oposta à perspectiva evolucionista do conhecimento apontada por Piaget, pensando, portanto, em uma Psicologia historicamente fundamentada através dos processos de mudança na história do sujeito. As preocupações de Vygotsky centram-se em buscar quais os aspectos da dinâmica da cultura e da sociedade que teriam influência no curso de desenvolvimento do sujeito. Vygotsky procura compreender de que maneira se dá a interferência do mundo externo no mundo interno, ou como a natureza sociocultural se torna a natureza psicológica. Defende uma abordagem teórica e, consequentemente, uma metodologia que privilegia a mudança. A cada estágio do seu desenvolvimento a criança adquire os meios para interferir de forma competente no seu mundo e em si. Destaca a importância da criação e do uso de estímulos auxiliares ou “artificiais”. Através desses estímulos uma situação inédita e as relações ligadas a ela são alteradas pela intervenção humana ativa. Os homens introduzem esses estímulos auxiliares como uma maneira de adaptar-se ativamente. O autor considera os estímulos como altamente diversificados: eles incluem os instrumentos da Cultura na qual a criança nasce à linguagem das pessoas que se relacionam com a criança e os instrumentos produzidos pela própria criança, incluindo o uso do próprio corpo. Vygotsky enfatiza a importância do brinquedo e da brincadeira, do faz de conta para o desenvolvimento cultural da criança. Na sua teoria educacional é necessário enfatizar o conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal que significa a distância entre aquilo que a criança sabe fazer sozinha (o desenvolvimento REAL) e o que é capaz de realizar com o auxílio de alguém mais experiente (o desenvolvimento POTENCIAL). Dessa forma, o que é Zona de Desenvolvimento Proximal hoje vira nível de desenvolvimento real