Vygotsky
CURSO DE LETRAS
NOME DO ALUNO
TÍTULO DO TRABALHO
Trabalho de Conclusão de Curso entregue como exigência parcial para a conclusão do Curso de Letras – Habilitação Português –Inglês – Licenciatura sob orientação do Prof. ____________
SÃO PAULO
2º SEMESTRE DE 2011
O FASCÍNIO DA MORTE E O ALUMBRAMENTO EM BELO BELO, DE MANUEL BANDEIRA
Carmen Medeiros Lima[1]
Gerson Tenório dos Santos[2]
RESUMO
O objetivo deste artigo é discutir a relação entre o tema da morte e o alumbramento nos poemas do livro Belo Belo, de Manuel Bandeira. Julgamos ser nesta obra, que é fruto da maturidade lírica do autor, que se revela com maior intensidade o alumbramento como fruto de uma relação com a morte não de pavor, mas de inspiração poética e de consciência plena da finitude. O alumbramento, como resposta à morte iminente que sempre rondava o eu-lírico, revela-se como uma poética do desejo, do erótico, que se liga às reminiscências do poeta e se transforma em poesia, adiando a chegada do “anjo”.
Palavras-chave: morte, alumbramento, consciência.
Introdução
Não faço poesia quando quero e sim quando ela, poesia, quer.
Manuel Bandeira.
O objetivo deste artigo é fazer uma reflexão, do ponto de vista das questões da morte e do alumbramento, sobre os poemas do livro Belo Belo, de Manuel Bandeira, que foi escolhido por ser fruto da maturidade lírica deste, que é um dos mais importantes poetas da literatura brasileira. A primeira edição da obra é de 1948. O autor contava então com 62 anos bem vividos, mesmo com a convivência com a tuberculose que o aproximava constantemente da morte, quer viria aos 82 anos. A presença da morte, para algumas pessoas, pode fazer com que se possa tomar atitudes positivas ou negativas diante da vida. Para Bandeira, a temática da morte e do alumbramento perpassa todas as poesias de Belo Belo e marca significativamente sua poesia, contribuindo