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Reflectindo e Partilhando

Eu decidi regressar a este processo, principalmente porque me encontro no mesmo lugar que á 3 anos atrás.
Á 3 anos atrás estive inscrita no processo RVCC. Só que depois de passar pelo diagnóstico, fui encaminhada para um curso EFA. Só que era para ir a uma entrevista que iria passar por uma seleção. Eu fui á entrevista mas nunca me telefonaram a chamar para o curso.
Entretanto na altura, com um filho de 3 anos, não dava para estar sem trabalho. Arranjei um trabalho acho que o primeiro que tive depois de passar por esse processo, foi como empregada de limpeza em lojas de roupa.
Comecei por trabalhar numa loja que estava para ser inaugurada no Fórum Madeira. Depois passei por mais duas outras lojas de roupa, mas entretanto arranjei um trabalho num bar e desisti das limpezas.
Como tenho um filho preciso de dinheiro, preciso de ter trabalho. Não me posso dar “ao luxo” de passar 2 anos a tirar um curso que me vai roubar grande parte do dia, ficando só a opção de trabalhar só a part-time.
Daí agora ter preferido este processo, precisamente por ser rápido.
Cá em casa sou praticamente só eu a fazer tudo, desde as refeições (meu marido cozinha pessimamente!), às limpezas mais aprofundadas, roupa etc… e além disso eu não consigo mesmo passar um dia sem ter tempo para estar com o meu filho. Estudar de dia e trabalhar á noite, ou o contrário, não me deixa tempo nenhum para estar com ele, lembro-me de quando ele era mais pequeno e que eu trabalhava no Balão, em que passava o dia todo a trabalhar e quando chegava a casa ele já estava a dormir.
Havia dias em que ele me via e nem sorria, parecia que não me conhecia sequer. Eu não consigo aguentar isso.
Acho que esses momentos diários são essenciais para que ele não se sinta posto de parte e que tenha a noção de que eu vou estar sempre lá.
Claro que volta e meia arranjo um trabalho em que só saio às 23h por exemplo, mas vou sempre procurando outra coisa que tenha um horário que dê para