Voluntariado Empresarial e Desenvolvimento Sustentável
Os primórdios
A história do voluntariado no Brasil se confunde com a própria evolução histórica do país. Desde o período colonial, voluntários vêm atuando principalmente em entidades religiosas, como as Santas Casas, movidas por motivações confessionais ou assistenciais. Já no século XX, especialmente nas décadas de 50 e 60, parte dos voluntários se confundia com militantes de questões partidárias, corporativas ou sindicais. Os anos 70 representaram uma intensa atuação de ONGs internacionais, com um grande fluxo de voluntários estrangeiros, ao lado de movimentos populares que arregimentavam grupos de voluntários, atuando como militantes das propostas de transformação social.
As décadas de 80 e 90 representaram um verdadeiro boom de organizações da sociedade civil, com uma intensa mobilização de trabalho voluntário. No final dos anos
90, o Movimento contra a Fome e a Miséria, capitaneado pelo sociólogo Herbert de
Souza, o conhecido Betinho, e apoiado pelo Governo Federal, promoveu a criação de comitês voluntários nas principais empresas estatais, iniciando-se um movimento de voluntariado empresarial.
Também por iniciativa federal, através do Comunidade Solidária, organização a cargo da primeira dama Ruth Cardoso, e com o apoio do Banco Interamericano de
Desenvolvimento, ocorreu a importante iniciativa da criação de Centros de
Voluntariado, com a missão de fomentar a cultura do voluntariado e aumentar o impacto das ações voluntarias. Estes centros propunham-se a incentivar, organizar e qualificar o trabalho voluntário, além de identificar e capacitar organizações que demandassem este tipo de trabalho e de estabelecer uma ponte entre a oferta e a demanda. Dos centros então criados, permanecem com importante atuação os do Rio de Janeiro, São Paulo,
Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, fundadores da Rede Brasil Voluntário.
Também é deste período a aprovação da Lei do Voluntariado