Volume morto
O volume morto é um reservatório com 400 milhões de metros cúbicos de água situado abaixo das comportas das represas do Sistema Cantareira que abastece cerca de 9 milhões de consumidores na Grande São Paulo. As represas vêm secando nos últimos meses e, desde o final do ano passado, a falta de chuvas leva a capacidade a níveis alarmantes.
O volume morto começou a ser explorado nos Reservatórios Jacareí-Jaguari em maio. Na época do início do bombeamento da água do fundo dos reservatórios, o nível saltou de 8,2% para 26,7% da capacidade total do sistema, e água do volume morto foi incorporada ao volume útil. A reserva nunca havia sido utilizada antes porque as bombas não captam nessa profundidade.
A Sabesp começou a retirar água da reserva técnica, da Represa Atibainha, entre Mairiporã e Nazaré Paulista. O reservatório integra o Sistema Cantareira, principal fornecedor da Grande São Paulo e da capital, e é o segundo a ter a captação na área mais profunda, abaixo das comportas. A primeira etapa de bombeamento do volume morto foi dividida em dois blocos: em maio, a companhia iniciou a captação da reserva de 105,5 bilhões de litros no reservatório Jaguari-Jacareí para o abastecimento da população. Em 24 de agosto, mais 77 bilhões de litros começaram a ser retirados da Represa Atibainha. Segundo a Sabesp, as novas ações já eram previstas. O custo total das obras foi R$ 80 milhões.
As reservas ficam no estado de São Paulo e no sul de Minas Gerais. Juntas, as represas fornecem água para pessoas na cidade de São Paulo (zonas Norte, Central e parte das zonas Leste e Oeste), além de Franco da Rocha, Francisco Morato, Caieiras, Osasco, Carapicuíba, Barueri e Taboão da Serra, São Caetano do Sul, Guarulhos e Santo André. Parte do interior do estado também recebe água do sistema.
A ANA (Agência Nacional de Águas) divulgou previsão de que a água no Sistema Cantareira dura até novembro deste ano. Segundo o