Voc escreve por existir

Você escreve por existir. Eu escrevo por precisar existir.

Nada mais do que um simples ser, em busca de um caminho, em busca de um pôr do sol próximo ao campo nublado. Não penso que dias melhores virão, mas o que preciso são dias amigáveis. De pessoas ao meu redor, ás vezes de um silêncio momentâneo. De um silêncio completo, do mundo morto. Você me diz o que fazer. Eu te digo o que eu quero fazer.
Não é sobre coisas lindas, e não falo sobre o amor. Na verdade, vivo por ele. E preciso de um, preciso sentir como é isso. Mas, acho que de tanto imagina-lo, acabei necessitado dessa possessão amorosa e não me sinto completo até tê-lo; Amor, que coisa idiota.

Tu não pode simplesmente chegar aqui, dizer que vai me fazer feliz, deixar uma bagunça e não ficar para arrumar. Sou preguiçoso. Não tenho como arrumar tantas partes; Um copo de vidro que cai ao chão e se parte em mil pedaços, é como um coração rejeitado que sangra ao invés de impulsionar aquilo. Pra que, ou para quê. Se prender na imensidão de outro ser, quando posso viver aqui mesmo, dentro do meu universo preto e branco. Tudo é feito por um motivo, mas incrivelmente não por um deus ou deusa. O caminho que está feito para minha vida é:
“Sentir-se completo, sentir-se amável, ser uma boa pessoa, existir.” Você, com teus cabelos que reluzem á luz do sol, muito mais a luz do luar. Pouco se importa com o dito. Seremos francos, os seres humanos não se importam uns com os outros. Ás vezes, até se for um dos familiares, não sentimos nada.
É um sangue, é um detalhe. É uma alma, são corações, outros detalhes.
Menos um para se magoar, pensou aquele que pouco se importa. Quero andar, por ruas certas, sendo torto e errado. Quero andar, por um lugar diferente, com alguém novo, conversar sobre coisas fúteis, sorrir para este alguém e no fim de tudo, apenas nadar até o meio do oceano, em seu ponto mais profundo... E,

Deixá-los partir.