Vivo-telefonica
Nº edição: 756 | Negócios | 30.MAR.12 - 21:00 | Atualizado em 02.04 - 12:09
Sai Telefônica, entra Vivo
O grupo de telefonia espanhol conclui o processo de integração de suas operações fixas e celulares e inicia uma nova fase de competição no acirrado mercado brasileiro de telecomunicações.
Por Ralphe MANZONI Jr.
Nos anos 1990, o executivo carioca Antonio Carlos Valente trabalhou como assessor especial do então ministro das Comunicações, Sérgio Motta, durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. Nessa época, ele fez parte do grupo que desenhou o modelo de privatizações das telecomunicações, atuando diretamente na formulação da política que separava as operações de telefonia fixa das móveis das empresas do sistema Telebras. O objetivo era vendê-las separadamente para aumentar o seu valor. Quase duas décadas depois, numa dessas ironias da vida, Valente está percorrendo o caminho inverso.
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Valente, presidente: "A Vivo é uma marca conhecida, muito jovem e que as pessoas valorizam".
Como presidente da subsidiária brasileira do grupo espanhol Telefônica, ele está agora à frente da nova Vivo, resultado da maior fusão em curso da telefonia brasileira, que une as operações de telefonia fixa da Telefônica com as de celulares da Vivo, dando origem a um colosso cuja receita líquida foi de R$ 33 bilhões, em 2011, com 117 mil funcionários diretos e terceirizados. No próximo dia 15 de abril, a integração da Vivo pela Telefônica passará pelo seu dia D. Em um domingo, a empresa espanhola vai virar, literalmente, a chave ou mudar de sinal, para usar uma imagem mais adequada ao mercado de telefonia, e passará a se chamar oficialmente Vivo no Brasil. Os clientes do serviço de banda larga Speedy se transformarão em usuários do Vivo Speedy e os assinantes da tevê por assinatura da TVA migrarão para a Vivo TV.
“A Vivo é uma marca conhecida, muito jovem e que as pessoas valorizam muito”, afirmou Valente, em entrevista exclusiva à DINHEIRO,