VIVENDO NOS EXTREMOS: UM OLHAR PSICOLÓGICO DE UM CASO DE TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR EM UM HOSPITAL PSIQUIÁTRICO

4176 palavras 17 páginas
VIVENDO NOS EXTREMOS: UM OLHAR PSICOLÓGICO DE UM CASO DE TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR EM UM HOSPITAL PSIQUIÁTRICO

Julia Florêncio do Amaral / Taíse Nascimento Martins

Resumo

O seguinte relatório tem por objetivo expor as experiências de alunos do curso de Psicologia em uma instituição psiquiátrica, procurando desenvolver nos alunos o olhar clínico e uma escuta atenta ao discurso do paciente, procurando observar sua aparência geral, comportamento motor, atitudes, humor, seus afetos e sua fala, com a finalidade de construir uma hipótese diagnóstica, segundo a abordagem psicanalítica.

Palavras-chave: Instituição Psiquiátrica. Psicanálise. Transtorno Afetivo Bipolar.

Introdução

O presente artigo tem como propósito atender as exigências da disciplina de Prática Integrativa V do Curso de Psicologia da Universidade de Fortaleza. Esta disciplina tem como função principal colocar o estudante de psicologia em contato com instituições de saúde mental, para adquirir um maior conhecimento sobre o processo de saúde e doença. Nessa perspectiva, visa proporcionar o conhecimento a respeito da dinâmica apresentada no hospital mental, como a sua estrutura física e profissional, a sua demanda, as dificuldades vivenciadas pelos profissionais da área e nos revelar um pouco sobre o cotidiano dos sujeitos internos.
O seguinte relatório consiste em processo avaliativo de desempenho dos alunos que o produziram para aquisição de pontuação em referida disciplina, o qual foi realizado em um Hospital de Saúde Mental localizada na cidade de Fortaleza/CE. Utilizamos o referencial teórico da psiquiatria e da abordagem psicanalítica para fundamentar tanto a nossa escuta para com o paciente entrevistado, como para a análise dos dados coletados, o que nos possibilitou ir para além dos sintomas no decorrer dos encontros. Procuramos nos fundamentar em uma escuta diferenciada que valoriza como um todo a historia de vida e a singularidade do sujeito, observando os seus sintomas como

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