Vivendo as diferenças
Não sabemos viver com as diferenças, porque ser diferente é não corresponder a um padrão, que um dia foi declarado como normal. Mas, para que eu possa viver em sociedade e de forma harmônica terei que compreender que o diferente também pode ser igual, ainda mais que ele é GENTE como a GENTE.
Não é só conviver com as diferenças, temos que vive-las, do jeito que elas são. Não é só adaptar as coisas para que possam fazer tudo que a maioria das pessoas fazem. Não! Lidar com isso, é ver alguém usando língua de sinais e perceber que aquilo não é algo anormal. É olhar para uma rampa de acesso a cadeirante e ter a certeza de que ela está ali para que todos possam ter os mesmos diretos. É descobrir que, como todas as outras, essas diferenças não fazem tanta diferença assim.
Diferença? O que é a diferença? Para que existe? Diferença é não se deixar influenciar pelas pessoas à sua volta e manter uma perspetiva própria. Pessoa diferente é aquela que vê a vida de um modo fora do comum, com os seus próprios fundamentos, ideias e escolhas.
Uma pessoa, ao ser diferente, sente-se como se não pertencesse ao meio em que está inserido. Nunca mostra realmente quem é, pois tem medo de não ser aceite. Uma pessoa que é diferente sente que está a remar contra a corrente. Ao nosso ver, uma pessoa que é diferente pode ser aquela que se veste de maneira diferente, que ouve música que não é comum ou que pode ter uma cor de cabelo estranha. A diferença está tanto no aspeto exterior de uma pessoa como no seu interior, desde a orientação sexual à religião. A primeira reação de alguém que se depara com uma pessoa diferente é afastar-se ou até satiriza-la. Mas, mesmo que socializem, há a tendência a puxá-la para ideias iguais e modos de vida comuns. É comum tentar “transformá-la” através da pressão (peer pressure)