VIVENCIA PATERNA NA UTI NEONATAL
Maria Rosângela Gomes de Noronha, Anna Karine de Oliveira, Marília de
Andrade Bomfim, Tycianna Maria Paiva de Menezes Fortes.
Resumo
Considerando-se a escassez de estudos sobre o papel do pai em situações do âmbito da saúde, investigou-se a experiência paterna durante o período de internação de recém-nascido prematuro na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Ficaram evidentes manifestações de interesse e envolvimento dos pais em relação à situação de seus recém-nascidos. Ter o filho internado em UTIN pela primeira vez traz sofrimento para os pais que buscam se adaptar à nova situação, reorganizando ativamente suas atividades cotidianas. Os dados indicaram ser necessário considerar transformações nos papéis parentais, admitindo a eqüidade de gênero nos setores de saúde reprodutiva e neonatologia/pediatria.
Os pais ao estarem com seus filhos internados vivenciam emoções que são traduzidas por medo, angústia, ansiedade, solidão e se entremeiam a fé, alegria e esperança. Para o pai a
UTIN representa um ambiente assustador, mas necessário aos cuidados especializados requeridos pelas condições do recém nascido prematuro.
Palavras-chave: Recém nascido, UTIN, papel do pai.
Introdução
Nesse ambiente, os laços afetivos entre pais e filhos quase sempre são comprometidos em razão do longo período de internação, das rotinas impostas pela instituição e condições clínicas da mãe e da própria criança, sobretudo, do prematuro de muito baixo peso, ou seja, aquele que nasce antes de completar
37 semanas de gestação com peso inferior a 1.500g.
Em meio às transformações que ocorrem nessas unidades, a presença da figura paterna tem sido cada vez mais freqüente. Não é raro observar manifestações de comportamento indicadoras das dificuldades que eles enfrentam para expressar e/ou compartilhar seus sentimentos, contrariando o que a sociedade deseja do homem, como esperança e apoio à sua esposa e a
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