Vitorino Nemésio
Vitorino Nemésio Mendes Pinheiro da Silva nasceu a 19 de dezembro de 1901, na Ilha Terceira (Açores) e morreu a 20 de Fevereiro de 1978, em Lisboa, e estudou na Universidade de Coimbra. Esteve ligado á televisão e á rádio, foi diretor do jornal ‘O Dia’, poeta, comunicador e escritor de origem açoriana , deu aulas na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e foi uma das figuras mais representativas da Literatura e da Cultura Portuguesas do século XX, pela qualidade literária da sua obra e pela influência do processo universitário e da sua personalidade. Publicou várias obras, entre elas: Eu comovido a Oeste (1940); Festa Redonda (1950); O bicho harmonioso (1938); O pão e a culpa (1955); Limite de idade (1972).
Análise do poema
Na 1º estrofe, o sujeito poético afirma que para o amor durar é necessário persistência, delicadeza, sensibilidade e compaixão.
Na 2º estrofe ele está a pedir um beijo á sua amada, podemos verificar isso através da apóstrofe aí existente de frases exclamativas “Ó mar, dá me uma moreia (…) vida!”, porque quer algo que apenas ela lhe pode dar. E ele quer que seja rápido, porque tem medo que a morte chegue.
Na 3º, afirma que a sua amada tinha um coração ferro, ou seja, forte porque amava-o e os outros não eram obstáculo para ela.
Na estrofe seguinte, “a flor de faia abriu” remete-nos para a Primavera e foi aí que houve um juramento de amor entre os dois.
Na última quadra, o sujeito poético expressa o desejo de tornar eterno o seu amor através de uma comparação 'Pàdeja (...) trigo!' .Ele pede a Deus que, depois da morte, o una à sua amada para sempre.
O tema do poema é o amor e o assunto é o amor existente entre si e a sua namorada.
O poema é constituído por 5 estrofes de 4 versos (quadras), tem versos brancos, é uma redondilha maior (tem 7 sílabas métricas por verso).
A primeira parte é da 1º estrofe á 3º, porque o autor fala da mulher e a segunda parte é a 4º e 5º estrofe porque fala neles os dois juntos num outro tempo e