Vitaminas e coenzimas
Introdução
O termo “vitamina” refere-se a um nutriente essencial para a manutenção de uma vida normal e que deve ser ingerido, pois o organismo não o sintetiza, necessário apenas em pequenas quantidades.
Sua falta ou excesso causam disfunções metabólicas, chamadas de hipovitaminose e hipervitaminose, respectivamente.
Além disso, muitas coenzimas contém uma vitamina adjunta, que desempenha, portanto, papel essencial na atividade enzimática.
As vitaminas lipossolúveis são aquelas solúveis em lipídeos (não-solúveis em água) e as hidrossolúveis são solúveis apenas em água e são associadas a coenzimas específicas.
A relação vitamina-coenzima
Em 1932, o bioquímico alemão Otto Warbung publicou o primeiro estudo sobre a associação entre vitaminas e coenzimas.
Warbung descobriu que a oxidação da glucose-6-fosfato a ácido 6-fosfoglucônico exige a presença de duas proteínas diferentes, obtidas a partir da levedura, e uma coenzima (chamada de coenzima II), que podia ser isolada de eritrócitos.
Duas reações independentes ocorrem simultaneamente: a oxidação do açúcar-fosfato e a redução da coenzima II. Para então restaurar o estado original da coenzima II (oxidá-la), o oxigênio é o agente oxidante, desde que esteja presente uma segunda proteína do levedo, de cor amarela, que, desta forma, age como mediadora para a oxidação dos substratos orgânicos pelo oxigênio molecular. Esta proteína, então, oxida a coenzima II e é, em seguida, oxidada pelo oxigênio molecular, produzindo peróxido de hidrogênio.
Em 1934, Kuhn e P. Karrer, simultaneamente, determinaram a estrutura química desta proteína amarela, chamada riboflavina, presente como pigmento amarelo na gema de ovo e no leite, e sua coenzima é o monofosfato da vitamina.
Assim, o papel coenzimático da riboflavina foi a primeira demonstração da relação vitamina-coenzima.
Nicotinamida: ácido nicotínico (vitamina B3)
Estrutura
A forma bioquimicamente