Visões de camões e herculano em relação à história da formação de portugal

665 palavras 3 páginas
Visões de Camões e Herculano em relação à História da formação de Portugal
Alexandre Herculano em “O Bobo” trata da formação da nacionalidade portuguesa a época de D. Afonso Henriques e o faz utilizando a história como matéria para a sua ficção. Em seu romance histórico a figura central não é uma personalidade real e sim uma personagem que, como afirma o próprio Herculano, a história não conheceu. Dom Ribas, tratado com desprezo durante toda a narrativa é tido como peça chave para o desfecho desta.
Nesse sentido, o fato histórico reconstituído é como um pano de fundo para sua obra romântica, que tem por ideal resgatar, a partir da visão do passado, exemplos para a sociedade em que o autor está inserido, Portugal do século XIX. As antigas glórias da nação portuguesa são utilizadas para tentar revigorar o sentimento de nacionalidade e de grandeza perdidos.
É possível dizer que Herculano faz uso da História com uma função didática ao mesmo tempo em que tem bem marcada a proposta de tornar exemplar o passado. Dessa forma, não o idealiza em tom de crítica combativa à sociedade atual e sim geralmente o faz em tom de lamento e melancolia passadista.
Quanto aos personagens históricos, o escritor oscila entre a tentativa de não tomar partido de nenhum dos lados do embate e a demonstração de que lado da história está, ao fazer do desfecho do livro uma mensagem de revolta contra o poder ilegítimo (representado por D. Teresa e Fernando Peres), que no fim é derrubado.
No conflito de disputa de poder entre D. Teresa e seu filho Afonso Henriques, a figura da rainha é apresentada de uma forma em que identificamos sentimentos maternos em relação a seu filho. De certa forma, mostra-se a subjetividade da monarca bem como suas noções de moralidade e ética. Ela sofre com o embate que a coloca contra o próprio filho. Apesar de ser bastante influenciada por seu amado, o Conde de Trava.
Apesar de mostrar a figura de D. Teresa como mais humana, e não ser muito presente na narrativa

Relacionados

  • Vida e Obra de Almeida Garrette
    5424 palavras | 22 páginas
  • Graduação
    16870 palavras | 68 páginas
  • Roamantismo
    12969 palavras | 52 páginas
  • CULTURA E MEM RIA NA LITERATURA PORTUGUESA
    56578 palavras | 227 páginas
  • A Literatura Portuguesa
    39180 palavras | 157 páginas
  • A Literatura Portuguesa. MOISES, Massaud
    43346 palavras | 174 páginas
  • 10383256
    43346 palavras | 174 páginas
  • Os Lusíadas: Soberania Portuguesa em a Batalha do Salado
    6026 palavras | 25 páginas
  • Culturas portuguesas
    72665 palavras | 291 páginas
  • oi, eu sou goku
    23631 palavras | 95 páginas