visão sobre o Cais
Por mais de duzentos anos, do séc. XII até meados do séc. XX, a sociedade construiu e manteve instituições psiquiátricas, nas quais os sujeitos em sofrimento psíquico eram submetidos a longas internações e, com frequência, a procedimentos bastante invasivos e alienantes, e baseados principalmente no isolamento social, bem como, nas péssimas condições de saúde básica em que viviam. O Centro de Atenção Integral à Saúde de Santa Rita - CAIS-SR, foi inaugurado na década de 1950 primeiramente com o intuito de tratar tuberculose por tratamento compulsório, portanto, as pessoas que contraíam tuberculose eram obrigadas a viver no CAIS. A partir da década de 70 o atendimento a pacientes com tuberculose foi suspendido, e o CAIS passou a abrigar pessoas portadoras de transtornos mentais. Por longos 20 anos, o CAIS atendeu a esses pacientes com o modelo asilar, que basicamente pode-se definir como depósito de pessoas, pois, não havia capacitação dos profissionais para cuidar desses pacientes, e muito menos das famílias que abandonavam as pessoas por lá. Assim, o processo de Reforma Psiquiátrica brasileira, em meados dos anos de 1970, tem sua história inscrita num contexto de inúmeras mudanças, com o intuito de superar a violência asilar, criticando a base estrutural do funcionamento dessas instituições psiquiátricas, no contexto político-social da época. Desse modo, durante a luta antimanicomial suspendeu-se as internações e o CAIS passou por mudanças na composição de sua equipe multiprofissional, integrando psiquiatras, psicólogos, enfermeiros e priorizou a humanização desses pacientes. Com diversos projetos de atenção, tais como moradia para pessoas que estão ou estiveram internadas por muitos anos, como as unidades assistenciais e as residências terapêuticas; CAPS para atendimento de psicóticos e neuróticos graves; CAPSad; Oficinas Terapêuticas e de Trabalho; ambulatórios na área de geriatria, neurologia, entre outros.
2. DESENVOLVIMENTO