Visão estratégica - estudo de caso
O mundo dos negócios, não raro, é tratado como uma guerra, onde a competição acirrada por mercados coloca os concorrentes como inimigos a serem derrotados. Até pouco 5 mais de 30 anos, o conceito de estratégia era aplicado principalmente no contexto militar, jogo de soma zero onde há sempre um vencedor e um perdedor (Kim & Mauborgne, 2005). Muitos são os livros de sucesso que buscam traçar parâmetros comparativos entre os negócios e a guerra devido à própria origem do termo estratégia.
Segundo Ghyczy et al (2002) estratégia vem do Grego strategus, comandante militar da antiga Atenas e membro de Conselho de Guerra, cujo território sob seu controle era denominado pelos historiadores romanos de strategia. Esta acepção de termo permaneceu restrita até 1779 quando o pensador militar francês Conde Guibert, impressionado com as campanhas de Frederico o Grande (rei da Prússia de 1740-1786), passou adotar o termo no sentido militar mais amplo como é entendido nos dias de hoje.
A importação do conceito da estratégia do ambiente militar para os negócios decorre da acirrada competição entre as empresas em busca da liderança em seus mercados. Assim sendo, a acepção do jogo soma zero nos negócios ainda é forte devido aos diversos conflitos de interesses existentes quanto a subsídios, tributos, legislações e questões humanitárias referentes à mão de obra, quando o lucro representa a vitória. Entretanto, a mesma guerra competitiva vem forçando as empresas a sair do isolamento e pensar mais em termos coletivos em suas abordagens sobre a estratégia de negócios a ser adotada.
1.1 Co-opetição
O termo co-opetição foi cunhado por Ray Noorda em 1993 para descrever o movimento dinâmico advindo da necessidade de se combinar cooperação e competição, existente no mundo dos negócios. O termo visa representar um incremento na dinamicidade da combinação do que é representado pelos termos cooperação e competição isoladamente (Nalebuff, 1996).
Baseado na teoria dos