visão de fotografia
A visão de fotografia de “Todas são Malía” tem como intuito retratar a angústia e opressão vivida todos dos dias por Malía, até seu delírio final. Para isso, a fotografia utilizará no início do curta, uma iluminação clara e difusa, mostrando cotidiano do escritório. A fim de passar um ritmo de situações humilhantes, usaremos de cortes rápidos e planos detalhes, onde a iluminação aos poucos se alterará, ficando mais dura, escura e contrastada.
Após essa sequencia, haverá uma quebra de ritmo com a entrada do Chefe na sala, com um travelling acompanhando-o em câmera lenta. Essa quebra de ritmo e a mudança de iluminação indicará o começo do devaneio de Malía. O Chefe não será totalmente identificado, sendo silhuetado para justamente transmitir uma ideia de personagem opressor, rude e machista. Nos planos em que ele dialoga com Malía, será utilizado um plongée sendo a mesma inferiorizada. O contrario também acontece, ao assumirmos o olhar da nossa protagonista, usaremos um contra-plongée, engrandecendo o Chefe no quadro. O delírio da personagem se intensifica e a faz chegar ao ápice, no momento em que o Chefe sopra fumaça em seu rosto, enquanto isso ela cresce no quadro, agora Malía é mostrada por cima, então ela desconta toda sua insatisfação no opressor, agredindo-o. Malía joga o teclado no Chefe, que está no chão. Em sequencia ela desperta com o telefone tocando, é mostrada com um plano médio em sua mesa cheia de papeis.
Usamos como referencia ao pensar na estética do curta, o cenário criativo de “Dogville”, de Lars Von Trier. O cenário do filme apresenta uma proposta diferente, utiliza de um fundo preto infinito, sem paredes, apenas com objetos chave para localizar o espectador. Mesmo ausente de cenário, a delimitações estão todas feitas, portas e afins. A ideia não realista do filme é que nos chamou atenção, e é o que tentaremos reproduzir. Tivemos também como referencia o numero “Cell Block Tango”, do musical Chicago, de Rob Marshall,