Visão da gestante diante do parto normal: trauma ou satisfação?
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), defini-se parto normal como de início espontâneo, baixo risco, no início do trabalho de parto, permanecendo assim durante todo o processo, até o nascimento. O bebê nasce espontaneamente, em posição cefálica de vértice, entre 37 e 42 semanas completas de gestação. Após o nascimento, mãe e filho em boas condições.
Atualmente no Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) incentiva o parto normal através de diversas campanhas ,afim de promover uma assistência humanizada à mulher. Contudo, o índice de cesarianas realizadas em gestantes do sistema único de saúde excede o padrão recomendado. Segundo o Ministério da Saúde (BRASIL) o País registra muito mais cesarianas do que os 15% recomendados pela OMS. A taxa nacional é de 39% e em todos os estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste esse índice é superior a 40% - segundo dados de 2002 do Sistema de Informações de Nascidos Vivos (Sinasc).
Sabemos que o parto cesárea interfere no binômio, mãe e bebê. O Ministério da Saúde (BRASIL) refere que a cesariana é indicada apenas em casos de risco para a mãe e/ou bebê, mas é comum a cirurgia ser marcada sem uma indicação precisa, o que aumenta os riscos de complicação e morte para ambos. Isto está intimamente relacionado a medicalização do parto. Aonde o cenário de nascimento transformou-se rapidamente, tornando-se desconhecido e amedrontador para as mulheres e mais conveniente e asséptico para os profissionais de saúde. O conflito gerado a partir desta transformação influencia as mulheres, entre outros fatores, a questionar a segurança do parto normal frente ao cirúrgico , mais “limpo”, mais rápido, mais “científico” (MINISTÉRIO DA SAÚDE).
2.Questões Norteadoras
Quais são as expectativas das gestantes em relação ao parto normal? Será que essas expectativas estão relacionadas ao baixo índice de partos normais?
3.Motivação
O interesse em desenvolver esta pesquisa veio de