Visão antropológica e psicológica da arte do século xx
No século XX, duas tendências políticas estão presentes: no começo do século, as ditaduras e o totalitarismo, e na segunda metade, a democracia. Ainda no mesmo período ocorreram as duas grandes guerras, o avanço acelerado da cultura de massa e o reflexo da revolução industrial (ocorrida no século XIX) agora desenvolvida para o capitalismo desenfreado.
Tendo esse contexto como premissa, podemos começar pelo início do século XX, no período da Belle Époque (bela época, em francês). A arte estava em alta na Europa, o surgimento de novas tecnologias e avanços da ciência permitiram ao homem da época agregar o cinema às muitas formas de arte. É bom lembrar que, ainda tido apenas como uma forma de gravar o momento, o cinema ganhava força. O Expressionismo, surgido na Alemana, e o Fauvismo, na França, mostravam uma deformação da realidade nunca vista na arte.
Até então, o modernismo, que tinha trazido à arte uma forma mais completa de tridimensionalidade, respeitando formas claras e proporções, passava por uma mudança para formas mais fortes e cores surreais. A agressividade do Fauvismo e a melancolia do Expressionismo refletem o pensamento do jovem burguês da época, em que a individualidade os isolava, pensamento comum de uma sociedade antropocêntrica.
No mesmo período, surge o Futurismo, uma forma de arte inspirada na industrialização e na falta de sentido que a sociedade moderna tinha para os artistas. Máquinas substituindo o homem na produção era tema da arte, refletindo o medo da sociedade.
Logo em 1914, com a primeira grande guerra, início do totalitarismo,