Visão antropológica de uma festa Rave.
Um universo diferente Em uma noite quente e abafada, onde a onda de calor tomava conta do meu corpo, estava eu, indo para uma ‘’ festa Rave ’’. Minha irmã gêmea, Laura, me convidou para ir nessa festa como sua acompanhante, pois era aniversário de uma amiga dela. Não sabia que tipo de festa era qual música tocava, como era o ambiente, aberto ou fechado; como eram as pessoas, quais os trajes que usavam, quais bebidas que tomavam? Um mar de perguntas que não se calavam. Minha Irmã, porém falou que era para ir com uma roupa bem confortável, pois essa ‘’festa Rave’’ iria acabar somente de manhã. Nossa, achei completamente estranho o comentário dela! Bom, então a festa teria uma duração de até 12 horas? Loucura... Mas ok, fui para acompanhar minha irmã e para conhecer esse tal evento antes de criticar. Demoramos umas 2horas e meia para chegarmos ao local, pois essas festas acontecem distantes dos grandes centros, normalmente em campos, sítios ou fazendas, sempre ao ar livre. Durante a viagem um amigo meu me contou como nasceu esse grande evento: - ‘’É controversa quando se tem que atribuir quando e onde começou as Raves, uma versão diz que foi no final dos 60, na Índia, o movimento foi iniciado por grupos de hippies europeus que escutavam na praia uma espécie de embrião da música eletrônica misturada com instrumentos vocais, daí surgiu o Trance psicodélico. Outra versão que é mais aceita por todos foi a que se iniciou na segunda metade dos anos 80, na Inglaterra, mas as festas eram ilegais, por isso despertavam curiosidade ainda maior nos jovens. Como diz a frase popular ‘’ o que é proibido é mais gostoso’’. Chegou ao Brasil em 1980 na Bahia, e foi crescendo cada dia mais o público das festas Raves. Interessante, né Lu?’’ Sem sombra de dúvida achei a história do surgimento da Rave muito interessante e surpreendente. Fiquei ainda mais curiosa e empolgada de