Virtualização
Conceitos, Técnicas e Aplicações
Marcos Laureano
Novatec Editora
Capítulo 1
Máquinas virtuais
“O que agora é provado foi uma vez apenas imaginado.” (William Blake, poeta inglês)
O conceito de máquina virtual não é novo – suas origens remetem ao início da história dos computadores, no final dos anos de 1950 e início de 1960. As máquinas virtuais foram originalmente desenvolvidas para centralizar os sistemas de computador utilizados no ambiente VM/370 da IBM. Naquele sistema, cada máquina virtual simula uma réplica física da máquina real e os usuários têm a ilusão de que o sistema está disponível para seu uso exclusivo.
A utilização de máquinas virtuais está se tornando uma alternativa para vários sistemas de computação, pelas vantagens em custos e portabilidade, inclusive em sistemas de segurança.
1.1 Por que máquinas virtuais?
Os sistemas de computadores são projetados com basicamente três componentes: hardware, sistema operacional e aplicações (Figura 1.1).
Aplicações
Sistema operacional Hardware
Figura 1.1 – Sistema de computador.
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Máquinas Virtuais e Emuladores
O papel do hardware é executar as operações solicitadas pelas aplicações. O sistema operacional recebe as solicitações das operações (por meio das chamadas de sistemas) e controla o acesso ao hardware – principalmente nos casos em que os componentes são compartilhados, como sistema de memória e Entrada e Saída.
Os sistemas operacionais, assim como as aplicações, são projetados para aproveitar o máximo dos recursos que o hardware fornece. Normalmente os projetistas de hardware, sistema operacional e aplicações trabalham de forma independente (em empresas e tempos diferentes). Esses trabalhos independentes geraram, ao longo dos anos, várias plataformas operacionais diferentes (e não compatíveis entre si).
Assim, aplicações escritas para uma plataforma operacional (Figura 1.2) não f uncionam em outras plataformas