Virt fortuna occacione
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Virtú, fortuna, occasioneAntes de tomarmos partido a compreender os conceitos de Maquiavel para virtú, fortuna e occasione, devemos ter em mente que não existe nenhuma divergência entre moral particular (restrita de um indivíduo) e moral pública ou qualquer outro tipo de moral, pois no geral a moral busca o “bem” para imagem daquele que a exerce.
Devemos ter em mente também que moral e política não são opostos, mas entram em divergência quando a moral do individual daquele que governa ultrapassa a moral que deveria ser pública, aquela que trata de zelar pelo bem da comunidade, com isso podemos começar a dar sentido em alguns pontos. Enquanto uma ação de moral é realizada visando satisfazer a ideia de “bem”, a ação virtuosa, por outro lado, se fundamenta em ter a capacidade de agir de uma maneira a aproveitar a occasione concedida pela fortuna.
Quando uma situação pede/necessita, por exemplo, que o governante seja cauteloso e assim ele age, mostra que tem virtú, essas circunstâncias que exigem algum tipo específico de ação (cautela, no exemplo acima) são proporcionadas pela fortuna que é um estado desfavorável a quem esta no poder, podendo ou não levar para um lado negativo seu governo e até sua imagem como governante. A fortuna está relacionada a um determinado estado que pode por em risco o poder do governante, pois é um conjunto de circunstâncias ruins para quem governa. Por exemplo, quando o povo se manifesta para algum tipo de reivindicação. Do ponto de vista de quem esta manifestando isso é positivo pois pode vir a ter algum resultado bom para eles, já para os governantes não, pois é a eles que está sendo reivindicado. Podemos dizer que se um governante está em um estado de fortuna, onde as circunstâncias não são favoráveis a ele, como toda certeza, isso pode vir a abalar o seu governo? A resposta mais prudente é não, pois se este governante souber exercer virtú, ele saberá como agir diante de más circunstâncias. Resumidamente, exercer a virtú é agir de