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VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NA REGIÃO DO CARIRIA violência contra a mulher não é um fato novo. Todos os dias, surgem novos casos deviolência contra a mulher, divulgados na mídia apenas como mais um informe diário. A mulher que nunca sofreu violência pode não saber qual a dimensão do sofrimento vivido pelas vítimas dos noticiários. Assim, os fatos passam despercebidos pela sociedade, tornando-se a violência algo comum.É considerada violência contra a mulher aquela causada pelo homem contra a mulher, ou seja, é preciso existir a figura da diferença de sexo, sendo o homem o sujeito ativo. Entende-se por violência qualquer agressão física, psicológica, verbal ou social, tanto no âmbito público como no privado, motivada apenas por sua condição de mulher(CAVALCANTI, 2005).Especificamente tratando de sua natureza no cenáriocaririense, a violência contra a mulher é bastante influenciada por uma estrutura patriarca lista e machista, resultado de nosso processo de colonização e aculturamento,aliada a fatores como dependência financeira, alcoolismo, impunidade e baixa qualidade educacional. Comentamos neste artigo como estes fatores influenciam fortemente na qualificação da região como uma das mais violentas do Ceará.
ASPECTOS HISTÓRICOS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
Historicamente, as relações entre mulheres e homens são desiguais e marcadas pela tentativa de subordinação do feminino pelo masculino. Isto impõe valores e normas de conduta e as “devidas correções” ao descumprimento, culturalmente toleradas e até incentivadas (JÚNIOR, 2006). Simone de Beauvoir, em seu discurso feminista, endossa a tolerância dessa cultura ao refletir sobre a submissão do feminino ao masculino nas relações humanas ao longo dos tempos:
A mulher sempre foi, se não escrava do homem, ao menos sua vassala; os doissexos nunca partilharam o mundo em igualdade de condições; e ainda hoje, embora sua condição esteja evoluindo, a mulher arca com um pesado handicap. Em quase nenhum país seu