Violência

A violência é um problema de saúde pública com forte impacto na morbidade e na mortalidade da população. A Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violência tem sido um instrumento orientador da atuação do setor saúde em Brasília. As ações demonstram fragilidades. Os gestores e profissionais de saúde, na maioria, não são capacitados para usarem os meios adequados em busca da prevenção e redução da morbimortalidade de acidentes e violências no Distrito Federal. A população não recebe a orientação devida para utilizar as unidades de saúde e de emergência, havendo duplicidade de atendimentos e uso inadequado dos serviços. Presencia-se a falta de articulação intersetorial. A prevenção é precária não existe o programa em muitas unidades de saúde. O registro de informações é deficiente dificultando o trabalho interdisciplinar, acompanhamento e realização de estudos e pesquisas. Verifica-se a falta de normas e padronização de serviços.
A cidade Brasília apresenta uma posição de destaque nas estatísticas sobre violência no Brasil. A população depara-se com violências de diversas naturezas. As vítimas na grande maioria são homens. Brasília tem características de um espaço urbano “subdesenvolvido”: uma área urbanizada, onde habitam as classes privilegiadas e classe média e uma periferia habitada, sobretudo por migrantes que chegam à procura de emprego .Muitas vezes não conseguem e praticam a violência em busca de recursos financeiros. Nesta última área que se identificam os territórios mais violentos da cidade e o crime organizado.
Verifica-se que a violência atinge pessoas de todas as classes sociais nos diferentes locais (moradia, trabalho, escola, comércio e lazer) o que permite inserir o Estado como elemento estratégico no seu controle.
Observa-se que as crianças e adolescentes são vítima de diferentes tipos de acidentes e violência. Enquanto na infância os agravos e violências (maus tratos, abuso sexual, negligência, quedas, queimaduras,