violência
Os trabalhos do primeiro tipo enxergam a violência e a criminalidade como epifenômenos, isto é, sinais que permitem visualizar as tensões relacionadas ao exercício rotineiro do mando (estatal e/ou privado) e à imposição da ordem pública, em conexão com a política urbanizadora. Esses trabalhos, referidos principalmente aos tempos do escravismo, empregam fontes como decretos e ordens emitidos por autoridades, posturas de vilas/cidades, relatórios e cartas oficiais trocadas entre governadores, ouvidores/juízes de Comarcas. Incluem os numerosos estudos sobre os quilombos e as revoltas escravas em diferentes porções do território brasileiro, ressaltando a preocupação constante das autoridades com os “despotismos dos negros” e os temores dos senhores diante das ameaças à sociedade escravista. O processo de “civilização” dos “sertões dos botocudos”, conduzido manu militari, de que resultou a exploração e sevícia dos indígenas, tratados como bichos por soldados e colonos, fornece mais estudos para essa vertente da historiografia. A mesma filiação têm as pesquisas relativas à sociabilidade cotidiana e a ordenação do espaço urbano nas vilas/cidades do litoral e das áreas de mineração, com sua ênfase sobre as Posturas: conjuntos de disposições destinadas a controlar a mobilidade e as ações de escravos e de homens livres, as festas, os jogos, os negócios, os ajuntamentos perigosos, etc. Essa vertente da