Violência sexual
Alcides Carneiro2 Soraya Oliveira3
A violência que leva aos serviços de saúde, provavelmente é similar em todo o país, mas é necessário especificar aquela que acontece em contextos urbanos, como no caso do Rio de Janeiro, a fim de garantir a organização e adequação do setor para o enquadramento da cidade na transição epidemiológica. As intervenções em saúde nas conseqüências da violência são classificadas sob o título de Causas Externas que inclui as mortes e internações por violências (infligidas e auto infligidas) e acidentes que acontecem com indivíduos e / ou grupos. Contudo, a violência ainda carece de legitimação enquanto área temática para a agenda da Saúde Pública. A violência entra no século XXI reconhecida pelos organismos internacionais (OMS / OPAS) como um problema social e de saúde. E tem sido tema de discussões no contexto internacional desde a década de 90, quando esta foi definida como prioridade de saúde pública4 por produzir, entre outros fatores, uma alta carga de mortalidade e morbidade evitável; afetando não só o indivíduo, mas também sua família prejudicando a possibilidade de acesso das suas vítimas aos direitos de cidadania. Sua incorporação como tema de saúde pela OMS (2002)5 tem como conseqüência recomendações para todo o setor, com ênfase para que países realizem seus diagnósticos e planos de ações. No caso da Saúde Pública, embora a violência não seja objeto próprio do setor, torna-se quando suas conseqüências influenciam o perfil de morbi-mortalidade da cidade.
Conceituando Violência
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Trabalho apresentado no XVII Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, realizado em Caxambú – MG – Brasil, de 20 a 24 de setembro de 2010. 2 Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro – Instituto Pereira Passos – Gerência Sóciodemográfica e Ambiental
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Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro – Instituto Pereira Passos – Gerência Sóciodemográfica e Ambiental