Violência na Televisão

Introdução A utilização de violência gratuita na televisão é um tema recorrente, no estudo dos meios de comunicação social. Para este trabalho, vamo-nos focar no caso, em concreto, das imagens transmitidas, aquando da morte do ditador Líbio Muammar Kadhafi. Estas imagens mostraram, não só, o momento da morte de Kadhafi, mas também o espancamento e a tortura de que o mesmo foi vítima, em praça pública. Decidimos, então, pesquisar e analisar a legislação vigente, acerca do uso de imagens de violência gratuita na televisão e o código deontológico que os jornalistas devem seguir. Seguidamente, efectuámos uma breve biografia sobre Kadhafi e analisámos como dois canais portugueses (RTP e TVI) publicaram a notícia. Por último, verificamos, de que modo, o código deontológico foi aplicado, pelos jornalistas e pelas respetivas redações, neste caso. A legislação vigente, a respeito da violência na TV

Nesta parte do nosso trabalho, iremos analisar algumas leis, referentes à Televisão e à transmissão de imagens que contenham teor violento. Segundo a Constituição da República Portuguesa:
«Artigo 37.º
Liberdade de expressão e informação 1. Todos têm o direito de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio, bem como o direito de informar, de se informar e de ser informados, sem impedimentos nem discriminações.
2. O exercício destes direitos não pode ser impedido ou limitado por qualquer tipo ou forma de censura. […]”. Este artigo da nossa Constituição é um dos artigos mais importantes, neste caso de estudo, visto que garante a liberdade de divulgar seja o que for, violento ou não. Não que a liberdade de expressão seja algo mau, antes pelo contrário, o mal está em como as pessoas a utilizam. Os canais de televisão, muitas vezes, “escondem-se” por detrás deste artigo, ou seja, como existe esta liberdade de expressão, os canais de televisão podem transmitir reportagens com imagens de violência