Violência domestica contra mulher
Sabemos que a violência contra a mulher se expressa sob várias formas na vida social. Há diferentes entendimentos sobre a questão da violência contra a mulher: violência conjugal, que ocorre entre o casal; a violência doméstica que ocorre no ambiente doméstico da convivência familiar; e a violência de gênero reforçada por valores patriarcais. Patriarcal, quer dizer que o homem torna-se o agente principal na organização social e ganha a autorização social para exercer seu poder sobre as mulheres.
Assim, pode-se dizer que a violência contra a mulher ocorre basicamente devido ao sistema de dominação cultural patriarcal transmitida através das relações de poder, sociais e de gênero gerado pelo machismo reproduzido na família, igreja, escola, no espaço jurídico, na mídia, e mesmo na produção artística. Algumas letras musicais, algumas cenas de novelas, algumas peças de publicidade, piadas, ditada populares são exemplos de elementos culturais que inferiorizam a mulher e motivam a violência cometida contra elas. A violência praticada pelo cônjuge está em qualquer uma destas situações mencionadas, e muitas vezes são praticadas por marido, ou namorado. Nas produções artísticas citadas aparece com clareza a violência e a discriminação de gênero. A violência assume outras dimensões onde o medo, a vergonha, os traumas físicos e psíquicos entre outros sentimentos são resultados de espancamentos ou mesmo de violência verbal, esta que é mais difícil de ser medida. Sabemos que desde os tempos mais remotos a violência já se fazia presente, não só no Brasil como também nos demais países. A igreja evidentemente teve uma grande influência na idéia de submissão da mulher ao homem. Na Bíblia Sagrada, em seu primeiro livro chamado “Gênesis”, a mulher é construída a partir de uma costela do homem, vindo depois da existência deste, para fazer-lhe companhia. No mesmo livro bíblico, o primeiro pecado do mundo é provocado pelo desejo feminino e pela desobediência de Eva ao