Violência contra a mulher- sob a ótica do agressor
É visível na sociedade atual, a busca por respostas relacionadas à violência contra a mulher, em especifico, sobre o que de fato leva um homem a agredir a quem deveria ser a sua companheira, a quem deveria tratar com amor e respeito. Qual o perfil deste agressor? A sua infância e o meio em que foi criado exerceram influencias para tal ação violenta? É diante dessas e de inúmeras indagações que são levantadas constantemente que vemos um esforço no âmbito jurídico, para que dispositivos legais sejam de fato aplicados com rigidez para que esta realidade venha ser mudada.
Sabe-se que é muito mais provável que uma mulher seja morta por seu companheiro do que por um estranho, sendo assim, o lar passa a ser o lugar mais “perigoso” para uma mulher vítima de violência viver.
O perfil do agressor é fortemente influenciado por imposições culturais erradas, que imporam a figura masculina, um instinto de “superioridade” sobre a mulher, diz-se que os homens nasceram para serem “machos”, com a ideia de que só as mulheres precisam deles e sendo portanto criado mitos como o da obediência e submissão da mulher ao homem. Não se fala em respeito mútuo.
O perfil de tal agressor é ainda dotado de um desejo exagerado de exercer domínio sobre a mulher, controlando-a de qualquer maneira, usando a força física e ameaças constantes para que sua superioridade seja imposta e que em nenhum momento sua “masculinidade” seja inferiorizada.Prioriza-se a “supremacia masculina”, tornando a mulher um mero objeto de uso pessoal do homem, seja para seus deleites sexuais que priorizaram apenas o seu prazer, seja para crescimento do seu ego machista.
A infância e o meio que tal agressor foi criado também exercem forte influência para a construção de seu perfil agressor. Visto que muitos deles viveram em ambientes hostis, em que o uso da violência era tido como algo “normal” e constante, e assim, ao crescerem irão automaticamente reproduzir em suas novas famílias o que