Violençia na escola
RESUMOS
Este texto é parte integrante de um projeto e de uma pesquisa etnográfica desenvolvida numa escola pública de ensino médio. Buscou-se um olhar e ouvir atento de modo apreender no cotidiano da escola o seu lado patente (oficial, a norma, a luz) e o seu lado latente (a vida, as sombras), no que se refere às práticas da violência no espaço escolar. “A idéia de violência tem por base os conceitos de “violência Totalitária”, violência anômica” e/ou” violência banal”.
Acredita-se que a violência, presente no cotidiano da escola, tem comprometido a formação do cidadão, pela exacerbação do poder e pelo desprezo da ética, enquanto querer-viver social embora apresente uma função estruturante através da relação de força, de potência, de poder e de vida.
INTRODUÇÃO
A violência está presente no dia-a-dia de cada um de nós. Existe uma violência explícita por todo o país. Isso não é diferente na escola brasileira. Não se trata apenas de uma violência denominada simbólica, teoria defendida por Bourdieu e Passeron, mas de uma violência real, que vem sendo desenvolvida por uma cultura da violência. A indisciplina, que, de uma maneira ou de outra, sempre existiu na escola, vem ganhando um novo vulto pela inobservância da partilha de Responsabilidades, cooperação, solidariedade, convivência, abrindo espaço para a agressividade, a indiferença, o desrespeito, numa clara ausência dados mesmos sentimentos e emoções. Alteridade, no sentido de perceber o Outro, como seu semelhante. Nesse sentido, pretendemos lançar os seguintes questionamentos:
A violência está ligada à incapacidade organizacional da escola em estabelecer um modelo de ordem?
A violência que ocorre no cotidiano escolar é um complexo espelhar da Sociedade e, portanto, não pode ser resolvida nos limites dos muros da Escola?
A escola, na sua prática pedagógica, apresenta-se sob o escudo do poder, cultivando o medo e gerando a cultura da violência?
Tentando