Violencia
A violência no Brasil possui uma raiz intrínseca à sua história: o descaso com a população, refletido na precariedade das condições de moradia, saúde, alimentação e educação, recursos indispensáveis à formação do indivíduo. Os quais, quando banalizados, incitam, ao mundo do crime, as pessoas sem oportunidades, numa reação em cadeia que atinge proporções incontroláveis.
O país vive o maior panorama de violência de todos os tempos, no qual o crime tornou-se saída para sobrevivência, e facções criminosas tomam o lugar que o Estado negligenciou, a exemplo das favelas, onde as quadrilhas resolvem questões de famílias, empregam, introduzem capital e organizam o cotidiano destas, formando um verdadeiro poder paralelo, como paliativo ao abandono a estes setores sociais.
O surto de violência em que vive o país é um fato previsível diante de nossas estruturas. Nossas desigualdades são gritantes e, como diriam os marxistas, os desníveis sociais, quanto maiores, culminam em uma luta de classes, que no Brasil assume uma face desordenada e sem cunho ideológico: o crime.
O combate efetivo à violência no país é uma questão bem mais profunda do que aparenta. Não bastam apenas represálias, e sim uma reestruturação de nossas bases sociais, partindo de um menor desnível entre classes, da distribuição de oportunidades para que nossa população possa viver condignamente.Pouco adiantam construções de presídios faraônicos que acabam tornando-se verdadeiros disseminadores de mais crimes, pois todo efeito pressupõe uma causa, e para sua anulação é preciso combater seu iniciante: o descaso social.
Salvem o planeta
"A terra não pertence ao homem, o homem pertence à terra", afirmou o chefe indígena Seattle, em 1852, em sua carta escrita ao presidente dos Estados Unidos. Desde tempos imemoriais, patinamos nesta questão recorrente: até quando o planeta vai suportar as atrocidades causadas pelo homem?
O Protocolo de Kioto implora: o mundo