violencia Infantil
A pesquisa será realizada com o intuito de identificar influências filosóficas, culturais, costumeiras e hereditárias da violência doméstica infantil e seus possíveis reflexos na vida adulta.
A violência doméstica, seja infantil ou contra o adolescente, no âmbito jurídico só é levada em consideração desde que haja lesão física, legalmente períciada que comprove o ato. Porém, em estipuladas ocasiões à agressão não deixa hematomas superficiais, mas sim deixam um marco traumático na vida da vitima.
Além disso, leva-se em consideração que não tão somente no mundo jurídico onde há justiça, fora dele existe a justiça com as próprias mãos. E essa última decorrente de violência, pode ser mais frustrante psicológica e cotidianamente do que a violência física, praticada por si só.
Presente em todos os tipos de ensinamentos na infância de todo ser humano, a família impulsiona a divergêncía entre os seres e emprega as distinções que podem justificar a imposição da violência. Visto isso, de acordo com Maria Amélia (AZEVEDO, 2001, p.21), “a família é uma instituição estrutura sobre duas desigualdades básicas: entre gêneros e entre gerações.” A família como base do desenvolvimento humano deve ser o ponto de partida para uma criança receber orientação e amor. No entanto, diversas famílias proporcionam esse desenvolvimento moldado por agressões gratuitas ou ainda violência justificada supostamente pelo amor. A perpetuação da violência assegura e reforça as relações de poder historicamente desiguais e injustas entre os membros da família. Reproduz, dessa maneira, uma atitude doente, de geração em geração, que se repete e se agrava através dos tempos. Pessoas que sofreram violência na infância, quando crescem, reproduzem essa atitude, tornando-se adultos violentos. A violência não é hereditária, mas sim aprendida. A violência nada mais sendo que a conversão de uma desigualdade em exercício de opressão e dominação encontra na família uma ecologia propicia, não por