Violencia domestica
Família deveria ser = lugar de proteção, porém muitas vezes a realidade de algumas famílias é diferente disso.
A violência conjugal, física ou psicológica, encontra-se disseminada na sociedade e permanece encoberta na maior parte dos casos. A violência física no contexto familiar é mais fácil de ser detectada, alguns sinais a denunciam, e a escola ou o ambiente de trabalho pode exercer esse papel detector. A violência psicológica é mais difícil de ser percebida por terceiros e por isso permanece por mais tempo escondida.
Além da violência física e psicológica, as autoras Azevedo e Guerra (1998), consideram também a negligência e o abandono como parte da violência familiar. Dessa forma subdividem conceitualmente a violência familiar em 4 modalidades:
• Violência física: emprego de força contra a criança, de forma não acidental, de modo a causar-lhe diversos tipos de ferimentos e perpetrada por pai, mãe, padrasto ou madrasta, avô, avó, tio etc.
• Violência psicológica: caracteriza-se pela utilização constante, pelo adulto, de ameaças, depreciações, ataques verbais à identidade e autoestima da criança, produzindo-lhe sofrimento mental e psíquico.
• Negligência: privação das necessidades básicas e vitais, físicas e emocionais da criança.
• Abandono parcial ou total: a criança é deixada sozinha por um período determinado, ou seus pais a deixam para não mais voltar, expondo-a a risco de morte.
A violência conjugal estritamente psicológica é de difícil caracterização:
Não tem inicio repentino, dificilmente se inicia por um evento isolado
Vai sendo apreendida pouco a pouco pelos participantes, um ou outro pode não se dar conta de que ela acontece
Com o passar do tempo há duplo condicionamento, tanto no dar quanto no receber violência psicológica, por vezes um simples olhar pode amedrontar ou provocar repulsa
Não é incomum que os filhos tornem-se munição dessa troca de fogo emocional, com significativos prejuízos para a visão de