Violencia contra o idoso
Este artigo tem como finalidade apresentar a reflexão sobre a violência contra a pessoa idosa. O estudo parte do conceito de violência desse grupo etário e que se manifesta de três formas: estrutural, interpessoal e institucional. A identificação de sinais de violência contra idosos é frequentemente negligenciada no atendimento à saúde, quer pela dificuldade em identificá-las, quer pela ausência de suporte formal para auxiliar tanto idosos vitimados quanto profissionais. De acordo com a Lei nº 10.741/2003, art. 19, está previsto que os casos de suspeita ou confirmação de maus tratos aos idosos são de notificação obrigatória. Portanto é preciso buscar estratégias para fortalecimento das políticas que promovam prevenção dessas violências, por meio de educação em saúde com os familiares e estimulando uma rede de proteção à pessoa idosa.
Palavras-Chave: violência, idoso e maus tratos
1 INTRODUÇÃO
Na atualidade, o aumento da expectativa de vida somado à diminuição da taxa da natalidade, trouxe um aumento da população idosa. Há uma estimativa que, em 2025, o número de idosos chegará a 32 milhões, o que tornaria o Brasil, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o sexto país com a população mais envelhecida do mundo.
Albuquerque (2008, p.15), assegura que o número de pessoas idosas com mais de 60 anos, já corresponde a mais de 12% da população mundial e até ao meio do século chegará a 20%”. Um em cada 10 habitantes do planeta já tem mais de 60 anos. Quase 40% são pessoas com 80 anos e mais.
O fenômeno da violência contra os idosos vem sendo discutida, cada vez mais, em todos os espaços institucionais e na sociedade em geral, pois ainda se apresenta sob o manto da ocultação, manifestando-se sob diversas formas, como abuso físico, econômico, financeiro, sexual, psicológico, abandono, negligência, ameaça e outros.
O convívio de idosos com gerações diversas e com necessidades variadas, pode gerar desconforto em níveis insuportáveis