Violencia contra a mulher

Desde os primórdios da humanidade, devido às diferenças biológicas, a mulher esteve relegada ao papel de cuidadora do lar, permanecendo na esfera doméstica enquanto o homem saía à caça, tendo como papel fundamental o de prover a casa. Tal divisão de papeis sempre permeou a relação entre homens e mulheres, sendo o homem colocado numa posição de superioridade visto que é ele o responsável por sustentar a família. Pode-se ir mais longe acerca dos estudos sobre a subalternidade feminina, analisando a própria criação da humanidade descrita na Bíblia, o homem foi criado diretamente por Deus e a mulher foi criada a partir de uma costela do homem, ou seja, a mulher vem em segundo plano, além disso era Adão o responsável por guardar o paraíso, Eva apenas o ajudava, ficando claro a hierarquização do homem superior à mulher. Ainda no âmbito religioso, a mulher foi a responsável por todos os males da humanidade, visto que foi Eva que induziu Adão a comer a maçã, tendo como consequência a expulsão de ambos do Paraíso, acarretando assim, todos os sofrimentos advindos com essa ação. O patriarcalismo sempre esteve presente na sociedade, impondo a supremacia dos homens sobre as mulheres Tal perspectiva começa a se delinear de maneira diversa a partir do século XVIII, quando começam a insurgir os primeiros movimentos femininos na França e Inglaterra, quando as mulheres iniciam, ainda que timidamente, a luta por seus direitos e igualdade entre os sexos. No Brasil, a luta teve início a partir do século XIX, tomando mais corpo no século XX, configurando-se na luta ao sufrágio feminino, o direito ao voto, num primeiro momento, denonimado de Primeira Onda. Com o passar do tempo, após a conquista do direito ao voto, as reivindicações passaram a incorporar uma outra ordem, iniciando discussões acerca de outros assuntos relevantes para as mulheres como violência, direitos sexuais, aborto. Pesquisas se iniciam por parte de estudiosos, buscando respostas para questões relativas ao