violencia contra a mulher

Violência contra a mulher
Características do agravo
A violência contra as mulheres, em todas as suas formas manifestas, faz parte da história da humanidade, variando em graus maiores ou menores de acordo com os contextos sociais, econômicos e culturais nos quais homens e mulheres estão inseridos e no modo como esses elementos se associam em suas vidas. Contudo, os atos ou ações de violência são percebidos de forma distinta entre as diversas sociedades ou mesmo entre segmentos sociais de uma mesma sociedade em decorrência da diversidade cultural. Dessa forma, esse fenômeno se revelou como um problema para a sociedade apenas recentemente, a partir das denúncias dos movimentos femininos que se iniciaram na década de 1960 e do reconhecimento dos direitos das mulheres como Direitos Humanos.
A despeito do desenvolvimento econômico e tecnológico e das profundas transformações ocorridas na sociedade brasileira, à violência contra as mulheres é um fenômeno que ainda persiste e ocorre, principalmente, no contexto das relações desiguais de poder entre homens e mulheres, relações essas, que são frutos das construções de papéis sociais de ambos, que, desde os primórdios históricos privilegia o homem em detrimento da mulher. A violência contra as mulheres assume muitas formas – física, sexual, psicológica e econômica. Essas formas de violência se inter-relacionam e afetam as mulheres desde antes do nascimento até a velhice, é entendida como qualquer ato ou conduta, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto público como privado. Este tipo de violência já é reconhecido pela própria ONU – Organização das Nações Unidas – como um grave problema de saúde pública.
Sabemos que são múltiplas as causas da violência, incluindo, de um modo bem simplista e didático, gene, cérebro, drogas, indicadores socioeconômicos e até mesmo programação televisiva, o histórico e discriminatório pensamento do suposto dever de submissão da mulher ao homem como