vinicius
GRUPO DE ESTUDO DAS OBRAS DE ANDRÉ LUIZ E
MANOEL PHILOMENO DE MIRANDA
13º LIVRO - AÇÃO E REAÇÃO
ANDRÉ LUIZ - 1957 - 8 REUNIÕES.
1a REUNIÃO
(Fonte: prefácio e capítulos 1 a 3.)
1. Justiça Divina - Emmanuel nos diz que este livro desvela uma nesga das regiões inferiores a que se projeta a consciência culpada, além do corpo físico, mostrando a importância da existência carnal, como verdadeiro favor da Divina Misericórdia, a fim de que nos adaptemos ao mecanismo da Justiça Indefectível. Asseverando que o inferno exterior nada mais é que o reflexo de nós mesmos, quando, pelo relaxamento e pela crueldade, nos entregamos à prática de ações deprimentes, Emmanuel observa que, segundo o eminente criminalista Von Liszt, o Estado, em sua expressão de organismo superior, não prescinde da pena, a fim de sustentar a ordem jurídica. "A necessidade da conservação do próprio Estado justifica a pena", assevera Von Liszt. André Luiz faz-nos sentir, contudo, que o Espiritismo revela uma concepção de justiça ainda mais ampla. A criatura não se encontra subordinada simplesmente ao critério dos penalogistas do mundo: quanto mais esclarecida, tanto mais responsável e entregue aos arestos da própria consciência, na Terra ou fora dela, toda vez que se envolve nos espinheiros da culpa. André mostra, assim, que os princípios codificados por Allan Kardec abrem uma nova era para o Espírito humano, compelindo-o à auscultação de si mesmo, no reajuste dos caminhos traçados por Jesus ao verdadeiro progresso da alma, e explica que o Espiritismo, por isso mesmo, é o disciplinador de nossa liberdade, não apenas para que tenhamos na Terra uma vida social dignificante, mas também para que mantenhamos, no campo do espírito, uma vida individual harmoniosa, devidamente ajustada aos impositivos da Vida Universal Perfeita. Em síntese, ele demonstra-nos que as nossas possibilidades de hoje nos vinculam às sombras de ontem,