Vinhaça
O cultivo de cana de açúcar tem importância marcante na história do País. O setor contribuiu durante vários séculos para o bom desempenho econômico do Brasil, sendo o principal produto de exportação. Atualmente o setor sucroalcooleiro representa um dos mais importantes segmentos industriais. Responsável pela maior produção de cana de açúcar no mundo, o País deve alcançar taxa média de aumento da produção de 3,25%, até 2018/19, e colher 47,34 milhões de toneladas do produto, o que corresponde a um acréscimo de 14,6 milhões de toneladas em relação ao período 2007/2008. Para as exportações, o volume previsto para 2019 é de 32,6 milhões de toneladas (MAPA 2013). Além da cana de açúcar, o Brasil também lidera a produção de etanol, sendo este de grande importância no desenvolvimento de tecnologia em bio-combustíveis; alternativa que se faz cada vez mais necessária, dado os impactos ambientais causados por décadas da queima de combustíveis fósseis. A alta produtividade de etanol fez crescer também a produção de um de seus subprodutos: a vinhaça. Durante décadas a vinhaça foi descartada sem tratamento em rios próximos as usinas, causando graves problemas ambientais, por se tratar de um material altamente poluente. A vinhaça trata-se do resíduo líquido obtido no processo de destilação do álcool, caracterizado por uma demanda química de oxigênio (DQO) muito alta, o que o torna nocivo quando descartado no meio ambiente. No intuito de minimizar os impactos ambientais negativos, e fazer um aproveitamento de maneira positiva de todos os nutrientes deste rico resíduo, os usineiros passaram a adotar uma alternativa sustentável: o uso da vinhaça na bio-fertiirrigação.