Vinculos afetivos
Autor: marcio sansevero dos santos
Após anos de trabalho nas UBS da minha cidade e experiência em consultório na área clinica , pude observar no discurso dos sujeitos que grande parte das patologias está ligada à perda dos vínculos afetivos.
As funções maternais (acolhimento, cuidado e segurança), e paternais (lei, regras, ordem e limites), são responsáveis pelos vínculos afetivos dos seres humanos, mas a falta das mesmas poderá ou não levar o sujeito à delinqüência e outros comportamentos não normais, como uso de drogas, agressividade, alcoolismo, libertinagem e outros.
Rodrigues (1999) afirma que, a revolução sexual provocou uma série de mudanças na sociedade, tais como: inserção da mulher no mercado de trabalho, liberdade sexual com a disseminação da pílula anticoncepcional, androginização da cultura e conquista do divórcio, o que repercutiu nos relacionamentos íntimos, caracterizando novos modelos familiares, algo que podemos atribuir a grande abertura para o crescimento das patologias que até então já existiam. E dizer que esta falta de vínculos nos leva ao não Amor, justificando os abandonos e maus tratos e cuidados com as crianças e adolescentes do nosso país.
No séc.XVIII, houve a exaltação do amor materno por filósofos, médicos e políticos que concorreu para ampliação da mãe e da criança na sociedade e no séc. XIX, com a revolução industrial, os homens deslocavam-se para as fábricas, cabendo à mulher a dedicação a família. Assim, surgia a família burguesa com ideologia dos amores maternos e romântico,segundo Lins (2000).
Assim, no séc. XIX, a mãe passou a ser a principal responsável pelos filhos, na transmissão de conhecimentos e instrução religiosa durante os primeiros 7 anos da criança, afirma Maldonado (1998).
Segundo a mesma o mais importante nesta análise histórica é o aspecto de que o vinculo com o filho não se desenvolve a partir de um instinto materno e nem mesmo depende da biologia, dos laços de sangue. O convívio e a