Vinciane Despret

“O corpo com o qual nos importamos: figuras da antropo-zoo-gênese.”
Vinciane Despret.

1 - Como a autora discute o lugar e o papel do corpo nos dispositivos de pesquisa?
Os corpos estão ligados à capacidade de o corpo pesquisado realizar aquilo que é tomado como expectativa para o pesquisador. Como se o corpo realizasse aquilo que é esperado dele. As expectativas serviriam de resposta positiva ou negativa, que poderiam influenciar na análise do comportamento do corpo, por exemplo, na pesquisa dos ratos brilhantes e medíocres, porque eles não eram brilhantes , nem medíocres, e sim, as expectativas de cada um que os pesquisou, tanto que em relação a eles e a secretaria, obteve-se uma perspectiva diferente, de acordo com o que lhes eram informados antes da análise.

2 - Discorra acerca da noção de disponibilidade:
Noção de disponibilidade é a forma como o pesquisador se disponibiliza a criar uma relação com o objeto de pesquisa. O corpo habitado é colocado em disponibilidade em relação ao dispositivo. Quando ocorre uma relação, o sujeito produz uma emoção e ao mesmo tempo, se deixa produzir por ela. A emoção não é só o que se sente, mas também o que faz o outro sentir. Ambos os lados, pesquisado e pesquisador são influenciados, são duas vontades interagindo e se modificando, uma a partir da outra. Há a tese de que “ter um corpo, é aprender a ser afetado.” E é justamente isso que ocorre.

3 - Qual a importância da confiança e da influência nos dispositivos de pesquisa que a autora analisa?
A confiança é de suma importância em uma pesquisa, porque quando o pesquisador deposita confiança a respeito do objeto de pesquisa, o mesmo sente-se intimidado a corresponder às expectativas, o objeto parece responder aos estímulos que o pesquisador lhe passa. E esses estímulos postos na relação entre pesquisador e objeto influenciam diretamente no resultado final do dispositivo. Mas também percebemos no texto que há uma tese de que essa relação de confiança entre