Com a forte produção/ venda do café, apareceram-se grandes mudanças na cidade, segundo Eva Blay, na publicação de uma pesquisa em 1901, sobre a indústria, diz que em São Paulo, observam-se certas correlações entre o tipo de produto fabricado, o volume de mão de obra empregado, a presença de transporte ferroviário e a formação dos bairros operários como uma forma de estruturação espacial, onde a cidade vai se constituindo por conta da segregação social/ intencional, sendo ela de classe, raça e etc.. pela qual determinava-se o tipo de moradia, diz Eva Blay, associa-se a conformação social que a cidade: formam-se bairros operários assim como formam bairro de alta burguesia e segundo Carlos Lemos, por conta do código de sanitário, dizem textualmente que as vias operárias “deverão” ser estabelecidas “fora da aglomeração urbana”. Com esses princípios determina-se a composição da malha urbana de São Paulo, que antes de 1900 já apareciam construções denominadas vilas operárias, vilas que eram designadas para o povo proletário, que trazia lucro para os donos das industrias. Essas vilas eram construídas ao longo das ferrovias, junto as praças e em terrenos alagáveis diz Eva Blay, lado a lado com as fábricas, estas se estendiam em partes baixas onde haviam terrenos mais planos e onde era mais fácil o acesso as industrias, locais onde o povo de classe alta não queria residir, segundo Eva Blay, lugares de várzea do Tiete e do Tamanduatei eram de baixo preço justamente por não servirem para residência e daí terem atraído as ferrovias, que logo ficavam próximas às industrias. Outro fator que fez com que a cidade adota-se um novo recorte no espaço “cidade” foi o grande crescimento/ chegada populacional para atender a burguesia e o operariado, utilizando as chácaras pelas quais propiciaram o crescimento extensivo da cidade, dividiam o espaço urbano, e ficaram grandes áreas abandonadas que eram improdutivas, que seguiam as estradas de ferro e próximo ao rio Tietê e Tamanduatei,